Haddad fecha acordo com AliExpress, Shein e Shopee

O recente debate sobre a tributação das encomendas internacionais fez com que Shein, Shopee e AliExpress se comprometessem a aderir a um plano de conformidade com a Receita Federal. Em uma entrevista ao jornal O Estado de São Paulo, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, explicou que os impostos agora terão que ser pagos no momento da compra. Dessa forma, quando um consumidor adquirir um bem, a empresa já autorizará o poder público a descontar daquilo que o consumidor já pagou o que deveria recolher.

Esse sistema de tributação na hora da compra é semelhante ao adotado por plataformas como a Amazon, e trará mais praticidade e transparência para o consumidor. Quando o produto chegar, ele estará livre de qualquer impedimento alfandegário, já que todos os impostos foram devidamente pagos.

Além disso, a Shein anunciou uma nova parceria com empresas nacionais para produzir 85% dos seus produtos no Brasil até 2026. Haddad elogiou essa estratégia de descentralização da produção, argumentando que o mercado brasileiro é enorme e pode exportar para toda a América do Sul. Ele também destacou que os preços de confecção brasileira são competitivos, o que justifica a descentralização da produção e a necessidade de não se concentrar tudo em um único país. Haddad ainda ressaltou que, em meio às tensões comerciais e geopolíticas em curso, é importante para qualquer empresário descentralizar suas atividades para reduzir os riscos associados a um único mercado ou país.

Em resumo, o plano de conformidade com a Receita Federal trará mais transparência e agilidade para a tributação das encomendas internacionais, enquanto a parceria da Shein com empresas nacionais para a produção de seus produtos no Brasil representa uma estratégia inteligente de descentralização da produção em meio às tensões comerciais e geopolíticas em curso.

Os produtos ficarão mais caros?


De acordo com especialistas, a imposição de impostos nas plataformas de comércio eletrônico pode levar a um aumento significativo no preço dos produtos importados. O consultor em importação e CEO da China Gate, Rodrigo Giraldelli, explica que, além dos impostos federais, se os Estados também cobrarem o ICMS, o preço poderia quase dobrar na prática. Ele considera um exemplo hipotético de um produto de US$30 mais um frete de US$10, totalizando US$40. A tributação seria de 60% sobre o valor total do produto e do frete, cobrada pela transportadora antes da entrega. Se a taxa não for paga, a entrega não é realizada. Portanto, nesse exemplo hipotético, uma encomenda de US$40 da Shein, Shopee ou AliExpress custaria US$64. Além disso, de acordo com a legislação de cada Estado, o ICMS também é cobrado, geralmente com uma alíquota de 15%, resultando em um preço final de US$73,6, um aumento de 84%.

Teremos o maior prazer em ouvir seus pensamentos

      Deixe uma Comentário

      1720347980
      Importa Mais
      Logo
      Registrar Nova Conta
      Redefinir Senha